Da Ascom
O trabalho da equipe do Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica do Tocantins foi fundamental para identificar o corpo de Francisco Gomes da Silva, morto e esquartejado em uma fazenda no município de Araguatins, na região Norte do Estado, no ano de 2019. O suspeito de praticar o crime, um homem de 58 anos, sogro da vítima, foi localizado e preso na última quarta-feira, 17, por agentes da Polícia Civil.
Conforme as investigações, a vítima, Francisco Gomes da Silva foi esquartejado e membros do corpo foram encontrados em dias e locais diferentes, o que acabou por dificultar os trabalhos da Perícia. As investigações apontam que o crime aconteceu porque o autor tinha ciúmes das filhas e não aceitava o relacionamento de uma delas com o genro.
A equipe do Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica do Tocantins informou que ‘atuou em três importantes momentos da investigação do caso. Primeiro foram examinados membros e crânio de um indivíduo e esse material foi analisado pelo Instituto Médico Legal (IML) e feito o exame de antropologia, porem, pelo avançado estado de decomposição não foi possível identificar nem por arcada dentária e nem por outro meio’, destaca a equipe.
O Laboratório o identificou a partir de uma comparação de material genético de familiares que constatou que se tratava de Francisco Gomes da Silva. Em outro momento, foi analisado, também, um tronco que após exames periciais e constatou ser da vítima. E por último, em uma reprodução simulada, foram encontrados mais restos mortais que também foram periciados’, informou a equipe.
Os Peritos destacaram que ‘a Genética foi muito importante para dar um conforto para a mãe e familiares da vítima que puderam sepultar o filho e também para nortear a investigação e ter a certeza de que se tratava de um mesmo caso’, explicou a equipe do Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica.
Entenda
O assassinato ocorreu em 2019, na época em que a vítima mantinha um relacionamento amoroso com uma das filhas do principal suspeito pelo crime. No mês de março, daquele ano, o homem foi até a fazenda onde a namorada morava com o pai para visitá-la. A polícia informou que a partir dessa data ele não foi mais visto.
Na ocasião, o sogro de Franscisco afirmou que o genro esteve na fazenda, mas que no meio da noite teria ido ao banheiro e desaparecido. Ele foi até o povoado avisar aos familiares, que começaram as buscas, mas não encontraram a vítima.
Quatro dias após o desaparecimento, pescadores encontraram um corpo enterrado. O cadáver estava sem a cabeça, braços, pés e genitália. Exame de DNA constatou que se tratava do corpo de Francisco. Na época o caso teve muita repercussão já que o homem, que tinha problemas psiquiátricos, era muita querido por amigos, familiares e toda a comunidade.
O homem foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver e foi recolhido à Cadeia Pública de Araguatins, onde permanece à disposição da Justiça.
