IML solicita prontuários médicos/Odontológicos de familiares de pessoas desaparecidas.
De janeiro até junho deste ano, o Instituto de Medicina Legal do Tocantins (IML) realizou necropsia em 218 corpos os quais 14 continuam sem identificação. A maioria perdeu a vida em decorrência de morte violenta.
Segundo o Diretor do IML Luciano Fleury há casos em que o IML tem suspeita de quem seriam as pessoas, mas a falta de parentes para reclamar os corpos ou trazer prontuários médicos/odontológicos acaba impedindo que o processo legal de identificação seja concluído e, por isso, o cidadão é enterrado como indigente.
A perita oficial Georgiana Ferreira Ramos explica que há diversos métodos para identificação legal de pessoas. Isso pode ser através da comparação das digitais, da arcada dentária e por meio do exame de DNA.
“O reconhecimento é realizado pelos familiares da pessoa desaparecida quando o cadáver se encontra em estado recente de morte, no qual alguém que a conhecia reconhece características, que podem ser na roupa, pode ser no corpo, através de uma cicatriz, tatuagem ou defeito físico. Enquanto identificação é o processo técnico científico pelo qual a identidade é estabecida por características capazes de individualizar a pessoa, ou seja, dizer que é única ( só ela tem) e portanto distinta das demais”, salienta.
Segundo o Presidente do Sindiperito Silvio Jaca existem maneiras de familiares ou pessoas próximas ajudarem no processo de identificação, trazendo fotografias, exames médicos/ Odontológicos e pelo menos um parente de sangue para o exame de DNA.
Em casos com suposto desaparecido ou até mesmo durante a busca após o sepultamento, o IML fará o recolhimento de informações cruciais como sexo, ancestralidade, idade, altura e características físicas. Será feita uma comparação entre os dados armazenados no programa ID Forense o qual registra dados do exame cadavérico com as informações e documentos trazidos pelos familiares até chegar à etapa de identificação.
Fonte: SINDIPERITO