Peritos do Tocantins participam de operação que investiga empresas acusadas de fraudar 150 milhões
Em Palmas o estabelecimento emitiu uma nota de R$1,3 bilhão pelas supostas vendas de cobres, porém no momento das buscas só foram encontrados reciclagem de papelão, alumínio e plástico
Três empresas de fachada, sendo duas de Porto Nacional e uma de Palmas foram alvos de busca e apreensão pela Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), na manhã desta quarta-feira, 26. A ação resultou na apreensão de equipamentos de informática e documentos. As mesmas são suspeitas de gerar prejuízo de mais de R$ 150 milhões aos cofres públicos por meio da sonegação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Eles serão investigados por crime tributário, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Vinícius Mendes de Oliveira, a fraude ocorria no setor de metais e sucatas. No Tocantins, as empresas são de reciclagem de papelão e alumínio. Em Palmas, o estabelecimento emitiu uma nota de R$ 1,3 bilhão pelas supostas vendas de cobres, porém no momento das buscas só foram encontrados reciclagem de papelão, alumínio e plástico. “Na capital e em Porto Nacional, eram emitidas notas fiscais no intuito de compensar imposto, porém nenhuma mercadoria foi enviada para outros estados”.
As investigações apontaram que a organização criminosa simulava operação de compra e venda de mercadoria em Minas Gerais com notas fiscais de outros estados, usando empresas de fachada, criadas em nome de laranjas, para não pagarem impostos e gerar créditos tributários para outros empreendimentos beneficiados.
O caso é investigado pelo Ministério Público (MP-MG) e pela Polícia Civil de Minas Gerais com apoio da Polícia Civil do Tocantins, onde os crimes foram praticados por meio de organização criminosa interestadual.
Operação Sinergia
A operação batizada com o nome de Sinergia foi deflagrada pelo MP, PC, PM e Receita Federal de Minas Gerais com apoio da PC-TO. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão e 29 de busca e apreensão. No Tocantins, a DRCOT contou com o apoio do Núcleo de Crimes Financeiros e de Informática, órgãos do Instituto de Criminalística vinculado à Superintendência da Polícia Científica da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO).
Fonte: T1 NOTÍCIAS