Em análise, a perícia afirma que a maior incidência desses crimes ocorre em residências, que demonstram sinais de vulnerabilidade para a ação dos criminosos. “Essa vulnerabilidade geralmente consiste em casas, onde os bandidos podem constatar facilmente a ausência dos moradores em determinados horários ou datas específicas, como feriados ou em finais de semana a regra é a mesma”, alerta o presidente do Sindicato de Peritos Oficiais do Estado do Tocantins (Sindiperito), Silvio Jaca. O representante ainda alerta que são propícios para este tipo de crime, os horários comerciais, que ao longo da semana não permanece nenhum morador nas residências, ou que ficam em localizações com pouca ou nenhuma movimentação de pessoas. “Porém, geralmente é no período noturno que ocorre maior atuação dos bandidos. Já nos estabelecimentos comerciais, podemos observar que normalmente furtos são verificados à noite com arrombamentos nas portas ou janelas do estabelecimento”.
Já nos comércios, o presidente menciona que não é perceptível alteração específica da incidência desses crimes relacionados às datas, porém nas residências, ele comenta que os números de furtos aumentam nas férias, feriados prolongados ou datas festivas. “Geralmente nesta época, os moradores viajam e deixam as casas com certa vulnerabilidade ao demonstrar características de que o imóvel está sem movimentação, sem contar as redes sociais onde algumas pessoas não tomam o devido cuidado e publicam que estão em viagem em tempo real facilitando a escolha dos alvos pelos criminosos”, alerta.
Para evitar cair na cilada dos bandidos, Jaca diz que alguns cuidados podem ser tomados para reduzir a probabilidade de o imóvel ser alvo de furto, como por exemplo, dar menos condições dos criminosos perceberem ausência de moradores no local.
“Reduzir a visibilidade do interior da casa é uma alternativa. Além disso, portões de grade geralmente facilitam que os bandidos percebam que não há ninguém em casa, deixar as luzes acessas não é uma boa ideia porque durante o dia podem indicar que ninguém está em casa para apagá-las. Enfim tudo que o proprietário puder fazer para dificultar o acesso ao imóvel reduz a probabilidade de ser uma vítima”, aconselha o representante.